quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Desabafo I





Às vezes, quando escrevo um texto, e mostro para alguém, não é porque quero me vangloriar de algo, é uma expectativa muda, querendo, ansiosamente fazer a real pergunta. “Você me entendeu?”
Entendeu o que eu quis dizer?! Entendeu que isso era um sentimento, sementinha que ninguém podia ver, mas de alguma forma, começou a brotar aqui dentro, dentro do meu peito e ai está, em forma de versos.
Esse é um sentimento você entende?!
É tão boa e gratificante a sensação única de se sentir entendido, compreendido. É quase indescritível se ver nos olhos do outro total ou parcial entendimento.
Não precisa concordar. Podem surgir milhares de outras interpretações.
Mas ainda assim...
Assim eu queria, que alguma alma vivente, de cabeça aberta, e considerável massa encefálica pudesse me ler, e quase como Voltaire poder dizer: “Eu não concordo, mas entendi você.” 

 Klessya Santos.

3 comentários:

  1. É simplesmente uma vontade de dividir.
    Dividir sensações. O importante não é ser entendido ao pé da letra, porque assim como a música, a poesia é uma obra aberta. O que eu escrevo dificilmente será entendido como o que eu realmente quis dizer.
    Mas não importa, o que realmente vale à pena ao escritor é saber que sua obra está sendo sentida.
    Dividir emoções, intenções, vontades alheias, e daí, quem disse que meu eu lírico precisa ser poeticamente correto?!

    Dayane

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  2. Entendido, sentido. O que vale é no minimo produzir algum tipo de reação. Não quero que me aplaudam a coesão ou me atirem pedras pela falta dela. Quero um pensamento critico, liberto do achismo, e bonitismo, oh que lindismo... e tantos ismos..

    Klessya Santos

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  3. Só quero poder diminuir a febre de sentir, como bem dito pelo mestre Pessoa.

    Dayane

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