sábado, 5 de janeiro de 2013

Desabafo IV







E nós estamos aqui de novo, em mais um ano.
Eu sempre tentando recolher os pedacinhos da minha alma, que ontem a noite
Explodiu como os fogos de artifício.
Mas ela explode todo dia, toda hora. E aqui eu a contenho.
Porque minha alma está assim sem conserto, para sempre. E este é o MEU LUGAR, onde eu tento consertar a minha alma quebrada. Eu não quero filosofar, eu não quero mostrar o melhor lado do mundo, nem faze-los refletir. Isto é um jogo pela sobrevivência. Se calar-me sufocarei nos escombros da minha alma, da minha alma quebrada.
Quebrada.
É assim que sinto minha alma.
A cada começo, e recomeço eu vejo esse caminho que trilho sozinha.
Quebrada, como um vidro trincado, ou pedaços de papéis rasgados.
Que permanecem unidos apenas por um pedaço de fita.
Meu Deus, meu Deus o que foi que eu fiz de tão ruim, pra não poder recuperar minha alma.
Porque me disseram que os otimistas podiam descer ao fundo do posso, mas ainda assim,
Poderiam superar-se caso subissem de novo as paredes desse abismo.
Meus sentimentos são abissais.
Prisões que eu não encontro chave.
Eu sinto me corroer dessa miséria que minha alma se tornou.
Desse chão árido em que nada brota.
Mas é uma desgraça tão interna, mas tão interna que não permite ninguém chegar até lá.
Quiçá algum dia toda essa agonia que me puseram na alma se disperse
Como fogos de artifícios de um ano que vai chegar.
Esta é a pseudo que aqui escreve.
Esta, invariavelmente, sou eu. Em mais um ano... novo que para mim já é tão velho.